Os agentes e fiscais de trânsito do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) estão a poucos passos de entrar em greve. O motivo seria o não pagamento da data-base dos funcionários desde 2022. A categoria pede o envio de um projeto de lei para a Câmara Municipal de Manaus (CMM) para aprovação do pagamento.
Caso a greve se concretize, será a terceira categoria a entrar em um embate com o prefeito David Almeida (Avante) por problemas salariais, logo após os professores e os servidores da saúde municipal.
Em nota, o Sindicato dos Agentes de Trânsito e Fiscais de Transporte da Cidade de Manaus (Sindtran) destaca que o projeto da data-base está sob análise desde junho, sem ser enviado aos vereadores. A categoria reivindica recomposição salarial de 12,47% referente a 2021/2022, bem como reajuste de 5,6% no vale-alimentação, inalterado desde 2013. A classe também reclama da falta de equipamentos, instalações mal conservadas e desrespeito às leis trabalhistas.
Rafael Cordeiro, diretor-presidente do sindicato, pontuou que a decisão dos servidores é fruto da falta de diálogo do prefeito David Almeida. Além disso, o diretor-presidente do IMMU, Paulo Henrique Martins, teria afirmado em reunião que o município não tem orçamento para a recomposição salarial exigida pelos agentes e fiscais.
O argumento se repete quando a discussão é sobre a data-base de 2023. O secretário municipal de Finanças, Clécio Freire, repetiu Paulo Henrique e afirmou que não há orçamento para o pagamento.
“A deflagração de greve ocorrerá a partir do dia 01/08/2023, caso o projeto não seja enviado para a Câmara Municipal. A categoria também pretende ocupar a Câmara Municipal para levar aos nossos representantes a atual situação pela qual estamos com vistas a pedir o apoio e a intervenção junto à prefeitura de Manaus a fim de termos um direito respeitado”, diz a nota.
Confira a nota na íntegra aqui.