Em reunião na noite deste domingo (8), a cúpula da segurança pública amazonense decidiu reforçar o policiamento em frente às sedes do governo do Amazonas, do Tribunal de Justiça (TJ-AM) e da Assembleia Legislativa (Aleam) a fim de coibir atos golpistas como os que ocorreram em Brasília (DF).
Também no domingo, grupos golpistas ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, na capital federal, e vandalizaram as sedes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede do governo federal.
Além das sedes dos poderes estaduais, as equipes de segurança serão reforçadas em frente à sede da prefeitura de Manaus, da Câmara Municipal (CMM) e do Tribunal de Contas (TCE-AM). Pontos como o Comando Militar da Amazônia (CMA) e a refinaria Isaac Sabbá (antiga Reman) também terão o policiamento reforçado.
A reunião, comandada pelo secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur, contou com a presença de representantes das forças estaduais de segurança (Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros), das forças federais (Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal) e do Exército brasileiro.
Algumas horas após a reunião, uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a retirada dos manifestantes bolsonaristas das imediações de prédios públicos em todo o território nacional, o que atinge o acampamento em frente ao CMA. Moraes deu prazo de 24h para que os golpistas fossem retirados.
Nesta segunda-feira (9), o governador Wilson Lima (União Brasil) participa de uma reunião convocada às pressas pelo presidente Lula (PT) com o Fórum de Governadores para discutir a repercussão dos atos golpistas nas demais unidades da federação.