Às vésperas da greve dos trabalhadores do transporte coletivo anunciada para esta quarta-feira (17), o diretor-presidente do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Paulo Henrique Martins, explicou aos vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) que os subsídios da prefeitura de Manaus às empresas do transporte público foi de R$ 399,2 milhões em 2022.
O órgão presidido por Martins é responsável por fiscalizar a concessão municipal do transporte coletivo, cujo sistema conta hoje com sete empresas e uma frota operante de mais de 1,1 mil veículos e mais de 12 milhões de usuários segundo dados do IMMU.
No entanto, segundo o diretor do órgão, a situação financeira entre arrecadação do sistema e o subsídio da prefeitura de Manaus nos últimos anos tem se tornado inviável, afetada por fatores como o aumento no preço do combustível e nos salários de trabalhadores.
De acordo com Martins, o reajuste no valor da tarifa está congelado desde 2017, porém, em 2022 o valor mensal do subsídio da Prefeitura de Manaus alcançou uma média de R$ 33 milhões, enquanto o custo do sistema estava em torno de R$ 67 milhões mensalmente.
Cobrando um reajuste de 12% no salário, os rodoviários anunciaram greve no sistema para a próxima quarta-feira (17). Até o momento, não houve acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), mas as empresas pressionam por um reajuste na tarifa (que hoje é de R$ 3,80).
“Os rodoviários fizeram uma solicitação de 12,8%, o que representa R$ 63 milhões a mais em custo. O sindicato dos empresários está acenando com o repasse com base na inflação de 4,10%, que vai representar R$ 18 milhões”, projetou o diretor-presidente do IMMU.