Primeira mulher a assumir a presidência do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) há 6 anos, a conselheira Yara Lins dos Santos, de 66 anos, foi eleita, por 5 votos a 2, para comandar o TCE-AM nos próximos dois anos (biênio 2024-2025), durante Sessão Especial realizada logo após a 34ª Sessão do Tribunal Pleno. O vice-presidente eleito foi o conselheiro Luis Fabian, de 43 anos. A posse dos dois conselheiros, que comandarão o Tribunal nos próximos dois anos, acontecerá até o dia 15 de dezembro, no auditório da Corte de Contas.
Na mesma eleição, o colegiado elegeu o conselheiro Josué Cláudio Neto como Corregedor-Geral do TCE e o conselheiro Mario de Mello como Ouvidor-Geral. O conselheiro Júlio Pinheiro foi eleito para a coordenação-geral da Escola de Contas Públicas do TCE para os próximos 2 anos, no lugar do conselheiro Mario de Mello. As presidências das 1ª e 2ª Câmara devem ser definidas na primeira sessão ordinária de 2024.
“Quero agradecer aos meus colegas e amigos fiéis que trabalharam junto comigo essa vitória. Estou voltando como a mesma pessoa de sempre da primeira gestão, pacificadora para resgatar a fraternidade e seriedade do Tribunal. Vamos mostrar para a sociedade o que o Tribunal faz para avançar cada vez mais”, disse a conselheira-eleita, Yara Lins dos Santos.
O mais novo entre os conselheiros, o vice-presidente eleito Fabian Barbosa falou sobre o privilégio de ter vencido em pouco tempo de Corte. “Sinto-me extremamente honrado em ser o novel e já ter alçado à vice-presidência. É uma honra fazer parte dessa gestão com a conselheira Yara Lins dos Santos. Buscarei dar o suporte, aprender com a presidência sem me afastar dos meus princípios de atuação com viés pedagógico, de nível técnico, e que talvez possam me fazer alçar outros cargos na Corte de Contas”, afirmou.
Eleito para o cargo de corregedor-geral, o conselheiro Josué Cláudio falou do privilégio de fazer parte da administração da Corte de Contas. “Estou me sentindo muito realizado em fazer parte de uma administração do Tribunal de Contas. Faremos uma administração participativa, compartilhada entre seus membros que comporão a administração e a mesa diretora. Espero estarmos abençoados e iluminados para tomarmos as melhores decisões em prol da sociedade”, falou o corregedor-geral.
O conselheiro Júlio Pinheiro falou sobre a oportunidade de retornar à coordenação da Escola de Contas Públicas, criada em 2009 pelo hoje conselheiro-aposentado Raimundo José Michiles, e gerida pelo conselheiro Júlio Pinheiro no biênio 2012-2013.
“Retorno à escola de contas sabendo do papel fundamental pedagógico e de integração, buscando melhorar a qualidade da prestação de serviços, capacitando pessoas para que tenhamos uma escola efetiva. Iremos dar sequência a tudo que vem sendo realizado do ponto de vista positivo para integrar a escola à sociedade”, disse o conselheiro.
Mudanças no jogo
A eleição para a mesa diretora do TCE-AM foi antecipada após uma manobra de Yara Lins em conjunto com os conselheiros Josué Cláudio Neto, Fabian Barbosa e Júlio Pinheiro. O grupo enviou um projeto à Aleam – rapidamente aprovado – alterando a forma como são realizadas as eleições internas da Corte de Contas.
Além de antecipar o pleito, o cargo de diretor da Escola Pública de Contas, até então prometido ao último presidente, passou a ser decidido também por eleição. A alteração tirou o cargo das mãos do ex-presidente Érico Desterro, que vinha acumulando desavenças com Yara Lins desde o ano passado.
A proposta foi enviada à Aleam enquanto Desterro estava fora do Brasil. O projeto foi sancionado pelo governador Wilson Lima (União).
Wilson Lima sanciona lei que antecipa eleições no TCE e tira cargo futuro de Érico Desterro